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DECISÃO
- Definitivamente! Não consigo para de
pensar sequer um segundo nela.
Mas é necessário que eu me afaste. Não consigo enxergá-la como amiga, mas sim como uma flor do meu jardim (a mais bela). Sua amizade é importante para mim. Mas essa dor que desatina em meu peito fere. Dói sem parar. Dói mais ainda quando caminhamos juntos lado a lado, jogando conversa fora, falando das lições de casa, dos nossos problemas... Ela me ama, mas como amigo. Por isso, tomei essa decisão. Vou embora para minha cidade natal. Lá, deixei tudo que tinha.Casa, trabalho, família, tudo para acompanhar minha amiga que passava por momentos difíceis em sua vida.
Mas é necessário que eu me afaste. Não consigo enxergá-la como amiga, mas sim como uma flor do meu jardim (a mais bela). Sua amizade é importante para mim. Mas essa dor que desatina em meu peito fere. Dói sem parar. Dói mais ainda quando caminhamos juntos lado a lado, jogando conversa fora, falando das lições de casa, dos nossos problemas... Ela me ama, mas como amigo. Por isso, tomei essa decisão. Vou embora para minha cidade natal. Lá, deixei tudo que tinha.Casa, trabalho, família, tudo para acompanhar minha amiga que passava por momentos difíceis em sua vida.
Decidido! Amanhã pego o primeiro voo de
volta para minha casa. Sei que ela não gostará nada da ideia, mas é preciso.
Preciso deixá-la viver e realizar seus sonhos. Não quero ser o outro, ou ainda,
o seu melhor amigo.
Uma dor forte no peito. Já com as malas
prontas eu sigo. Exatamente ao meio dia sairei. Outra dor forte. Pensamentos e
devaneios fazem meu coração bater acelerado, em descompasso. Fui ao banheiro
para lavar o rosto, na tentativa restabelecer um fio de paz interior.
Deparo com um sujeito a me encarar
refletido pelo espelho. Seu rosto era tão meu. Triste, solitário, decepcionado
pela vida. Amargurado por ter perdido a melhor amiga e preciosa flor, que um
dia a desejara como amada.
Encarava-me como nunca. Parecia querer me dizer algo. Eu também o fitava. Mas não conseguia enxergar o “eu” que lá se escondia. O “eu” que amava. Enxergava apenas o “eu” que se afastava de mulher amada.
Encarava-me como nunca. Parecia querer me dizer algo. Eu também o fitava. Mas não conseguia enxergar o “eu” que lá se escondia. O “eu” que amava. Enxergava apenas o “eu” que se afastava de mulher amada.
A hora do voo chegou. Tive que sair do
banheiro literalmente correndo. (Seria um sinal?). Corri como nunca até chegar
ao local de embarque. Lá, olho para todos os lados. Muitas pessoas. Mas eu me
sentia só em meio a essa multidão. Tão só que conseguia ouvir as batidas do meu
triste coração.
Esses sujeitos que eu enxergava eram
tantos “eus”. Andavam em busca de seu destino... Se vão encontrar não sei, mas
sempre estão em busca na incompletude e amargues da vida, buscam assim como eu: a felicidade.
(Mas
como encontrá-la se minha amada estará longe de mim?)
Entrei no avião. Sentei-me ao lado de um
senhor. Apresentava-se já certa idade. Era muito falante. Não soube seu nome.
Não conseguia tirar minha luz, minha flor, da minha cabeça.
Ele percebeu meu desalento.
Sem me conhecer pediu-me que lhe desse
um abraço. Eu????? Como posso abraçar alguém que nem conheço? Insistiu dizendo:
filho, me de cá um abraço.
Ainda dizia: - essa dor que está estampado
em seu rosto só será curada se você deixar ser curado. Um amor verdadeiro
resiste o tempo e todas as adversidades, não se preocupe. Agora, abrace-me.
Eu não conseguia entender mais nada.
Também nem queria entender... Só ouvia o funcionamento das turbinas do avião
ganhando força para partir.
Quando, de repente, uma lágrima escorre sobre meu rosto.
Quando, de repente, uma lágrima escorre sobre meu rosto.
O tempo lá fora não estava chuvoso, mas
dentro de mim uma tempestade acontecia, não deixando um só vestígio de vida. Dessa
vez, minha fonte de inspiração para as minhas canções ficará longe de mim. Não
podia mais aceitar tudo isso. Meu coração dizia para não abandoná-la. Não dessa
forma... Mas era necessário (minha flor), pois DEIXAR IR TAMBÉM É UMA FORMA DE
AMAR.
Autora: Adriely Barbosa.
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